Revista Controle & Instrumentação
Edição nº 104 Maio de 2005
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Artigos Técnicos
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O uso de novas tecnologias
de instrumentação e controle pela operação
de um campo de gás natural na República Argentina* |
Luis A. Troncoso
Repsol-YPF - Unidad Ecónomica Loma La Lata
* trabalho apresentado no Congresso Rio Automação 2005 |
Resumo
Como automatizar e controlar um campo de gás natural com
uma área de 2mil km², para operá-lo como se fosse
uma única planta?
Esse foi o desafio que afrontou a Repsol-YPF por causa de sua declinação
natural, o reservatório da maior jazida de gás natural
da Argentina precisou de uma adaptação e modernização
total de todas as suas instalações.
O campo Loma La Lata, que é vital pela economia da Argentina,
produz 40.000.000 m³/dia de gás, o que representa 30%
da produção de todo o país.
A instrumentação e controle tiveram que acompanhar
o crescimento baseando-se nas novas tecnologias e inovando nos conceitos
de alta integração, desde os aspectos operativos e
de controle. A solução foi encontrada no uso de instrumentos
de campo inteligentes, conectividade OPC, Sistemas de controle de
última geração, e redes de controle distribuídas
no campo mediante o uso de wireless Ethernet.
Tratar um campo de gás como uma planta integrada, é
um conceito relativamente novo que proveu importantes vantagens
que contribuíram para melhorar a operação,
reduzir as perdas de produção, minimizar os custos
de operação e manutenção, e contribuir
com a segurança e o meio ambiente.
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Arquitetura de Automação
para Sistemas de Medição de Petróleo e Gás
da Bacia de Campos* |
Alcio R ChiesseEngenheiro de Equipamentos Pleno
Petrobras/UNBC/ST/AUT
Jose Aureliano de Melo
Engenheiro de Equipamentos Pleno Petrobras/UNBA/ST/EMI
* Trabaho apresentado no Congresso Rio Automação 2005 |
Resumo
Buscando atender às exigências de desempenho de medição
fiscal e apropriação de petróleo e gás
natural determinadas pela ANP, a Unidade de Negócios da Bacia
de Campos (UNBC) determinou a adequação de seus diversos
sistemas de medição de óleo e gás.
Esse trabalho apresenta as etapas do desenvolvimento da especificação
técnica de instrumentação e automação,
ocorridas ao longo de 2001 e 2002, com o objetivo de padronizar a
integração dos novos equipamentos de medição
aos sistemas de supervisão existentes nas plataformas, e os
resultados colhidos após a entrada em operação
dos primeiros sistemas.
A especificação técnica resultante foi utilizada
como referência para contratação do fornecimento
desses sistemas. Tal especificação técnica, inicialmente
pensada para uso interno a UNBC, foi posteriormente incorporada às
Diretrizes para Medição de Petróleo e Gás
Natural do segmento E&P.
Foram premissas para a definição da arquitetura: atender
às exigências da ANP, minimizar a interferência
nos sistemas em operação e compartilhar os recursos
de supervisão locais e remotos existentes.
Nesse período foram analisados diversos equipamentos e suas
características de comunicação, concluindo numa
arquitetura que direciona fabricantes para a solução
considerada desejada, bem como provê alternativas que permitem
a conexão de equipamentos de diversos fabricantes com os sistemas
de supervisão utilizados nas unidades da Bacia de Campos. |
Automação industrial
Panorama e tendências no Brasil e no mundo |
Angélica Sabino Zamith
Engenheria de Automação Chemtech A Siemens
Company
Thales Lima
Consultor - Chemtech A Siemens Company |
Introdução
A palavra automation foi inventada pelo marketing da indústria
de equipamentos na década de 60. A intenção era
enfatizar a participação do computador no controle automático
industrial.
Hoje se entende por automação industrial qualquer sistema
baseado em computadores que substitua o trabalho humano e que vise
a soluções rápidas e econômicas para atingir
os complexos objetivos das indústrias.
A indústria de Petróleo e Gás é grande
usuária da chamada Engenharia de Automação,
bem como sua grande incentivadora. Além disto, investe constantemente
em desenvolvimento de novas tecnologias e em capacitação
profissional.
A necessidade de capacitação é um tema interessante,
pois já se fala hoje em carência de profissionais especializados
em automação. A demanda por trabalhos nesta área
é crescente e há poucas instituições competentes
para formação destes profissionais.
Atualmente no Brasil são oferecidos cerca de quinze cursos
de graduação na área de Controle e Automação.
A maioria destes cursos foi iniciada nos Departamentos de Engenharia
Elétrica ou Mecânica das universidades, mas houve a necessidade
de integração com outras áreas, como Informática
e Processos.
Uma tendência que pode ser observada nos profissionais de automação
atualmente é que os engenheiros químicos estão
cada vez conquistando mais espaço no desenvolvimento de projetos,
visto que possuem conhecimento mais profundo de processos. No caso
de empresas prestadoras de serviço, pode-se dizer inclusive
que a comunicação com o cliente fica facilitada. |
Novas Tendências para Sistemas
SCADA |
Marcelo Salvador
Diretor de Negócios da Elipse Software |
O panorama do mercado de automação
nos últimos anos tem se baseado na constante evolução
tecnológica e na busca da produtividade pelas empresas, fatores
esses que atuam como força-motriz para um mercado que precisa
investir em pesquisa e desenvolvimento para continuar a crescer.
Por outro lado, existe uma contínua pressão pela redução
de custos, tanto na parte de produtos como de serviços. Esta
pressão leva à busca da melhor relação
Custo x Benefício, com o estudo de quais tecnologias investir,
pesquisando quais já se consolidaram ou ainda são promessas,
ou ainda que produtos uma empresa prestadora de serviços irá
manter em sua cesta para se manter competitiva no seu segmento de
atuação.
Especificamente para os sistemas de supervisão, podemos verificar
alguns fatos na atualidade:
· O uso contínuo de ferramentas mais antigas baseadas
em plataforma Windows, que apesar de possuírem conceitos menos
evoluídos são as mais conhecidas pelo mercado;
· A criação de novas ferramentas, também
para plataforma Windows, que apresentam melhores conceitos de produtividade
e flexibilidade;
· A busca de novas formas de supervisão, como o uso
dos servidores Web em PLCs baseados em Linux ou Java;
· IHMs baseadas em Windows CE como alternativa às IHMs
com hardware proprietário;
· Uso de Linux e Unix para sistemas de maior porte, somente
em ambientes cujos usuários possuem uma cultura nesse sentido
e estão dispostos a pagar valores maiores, devido ao menor
número de licenças que são vendidas (exemplos:
sistemas de gerenciamento de redes SNMP, sistemas de tráfego);
· Consolidação do OPC (OLE for Process Control);
· A agregação de novas funcionalidades aos sistemas
SCADA, como parte da estratégia de expansão (tais como
análises de sistemas de produção e processos,
controle de bateladas e outros);
· Total integração com a Web. |
A indústria está
pronta para utilizar redes sem fio? |
Carlos Behrends
Diretor Gerente da Endress+Hauser no Brasil, Chile e Peru |
Obviamente, a resposta é sim. A pergunta
correta seria: as redes sem fio estão prontas para trabalhar
na indústria? Este artigo apresenta as principais redes sem
fio que podem ser utilizadas hoje na indústria, e dá
alguns exemplos de aplicações reais. As aplicações
maciças de redes sem fio na indústria ainda estão
longe, mas há aplicações especificas que já
estão aqui. |
A busca da melhor relação
custo x benefício na iluminação de áreas
classificadas |
Estellito Rangel Jr.Membro do Comitê
Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação
e Telecomunicações - COBEI |
Resumo
A tecnologia de iluminação em áreas classificadas
está evoluindo rapidamente. O trabalho aborda novas opções
que oferecem ao usuário um equipamento de maior vida útil,
e com características adequadas para aplicações
em locais de difícil acesso e em ambientes corrosivos. |
Sistema integrado para monitoramento
de PIMS* |
Denilson Marcelino Costa, Fábio Barros
de Carvalho,
Gabriel Vieira Drummond, Luiz Guilherme Menezes Barata,
Wilson Laizo Filho - ATAN Sistemas de Automação |
Resumo
A extensiva utilização dos dados armazenados nos sistemas
PIMS demanda um novo desafio para a Tecnologia da Informação:
Alta disponibilidade no esquema 24x7. Análise de relatório
de qualidade, diagnósticos de falha, monitoração
de KPIs e integração com os níveis superiores,
tais como MES e ERP necessitam de dados sempre disponíveis
e confiáveis.
Esse trabalho descreve e analisa uma abordagem técnica baseada
em redundância, sincronização e monitoramento
para aumentar a disponibilidade do PIMS. É apresentado um estudo
de caso real onde tal abordagem é aplicada com sucesso. |
Confiabilidade mais ampla para
os elementos
finais de controle |
Dr. Thomas Karte, Samson AG Ing. Roberto Vargas,
Samson Brasil |
As válvulas para controle de processo é
também denominadas elementos finais de controle e são
na maioria das vezes, o fator mais determinante quando se trata de
calcular o nível SIL (Safety Integrity Level) para uma função
instrumentada de segurança SIF (Safety Intrumented Function).
Devido à enorme variedade de condições de aplicação
na indústria de processo, existe uma falta generalizada de
dados adequados, assim como de dispositivos aprovados.
Os procedimentos de teste do tipo teste de curso parcial, podem fornecer
uma cobertura de diagnóstico mais abrangente, auxiliando, portanto
na obtenção de dados mais confiáveis para a malha
como um todo.
A verificação destes dados de diagnóstico
e a integração adequada destes procedimentos simultaneamente
no sistema instrumentado de segurança SIS (Safety Intrumented
System) e no Sistema de Controle de Processos Básico BPCS (Basic
Process Control System), apresenta um desafio.
Neste artigo são apresentados novos desenvolvimentos para os
atuadores e aprovações relevantes, assim como instrumentação
com nova funcionalidade para dar suporte na cobertura de diagnósticos.
Também se discutem diferentes topologias para conexões
aos sistemas SIS e BPCS. |
Aspectos de segurança em
sistemas Scada
Uma visão geral* |
Paulo Sérgio Motta Pires , Luiz Affonso
H. Guedesde Oliveira , Diogo Nascimento BarrosUniversidade Federal
do Rio Grande do Norte |
Resumo
Os sistemas SCADA são importantes em processos industriais.
No princípio, esses sistemas eram fechados e sem conectividade
externa. Atualmente, os modelos de sistemas SCADA baseiam-se em conectividade
e em sistemas abertos e estão sendo conectados às Intranets
corporativas e à Internet visando o aumento da eficiência
e da produtividade. Essa integração trouxe problemas
relacionados com segurança. Neste trabalho apresentamos uma
visão geral sobre as vulnerabilidades de segurança desse
novo modelo SCADA. |
SIL ou não SIL? Eis a questão |
César Cassiolato,gerente de Produtos
Cláudio A. Fayad, gerente de Engenharia e Vendas
Edson Emboaba, gerente de Projetos
Smar Equipamentos Industriais Ltda |
Introdução
Tem se visto na prática em muitas aplicações
a especificação de equipamentos com certificação
SIL para serem utilizado em sistemas de controle, e sem função
de segurança. Acredita-se também que exista no mercado
desinformação, levando a compra de equipamentos mais
caros, desenvolvidos para funções de segurança
onde na prática serão aplicados em funções
de controle de processo, onde a certifição SIL não
traz os benefícios esperados, dificultando inclusive a utilização
e operação dos equipamentos.
Além disso, esta desinformação leva os usuários
a acreditarem que têm um sistema de controle seguro certificado
mas na realidade eles possuem um controlador com funções
de segurança certificado.
Neste artigo, veremos quais as diferenças básicas que
ajudarão nestas especificações e num melhor entendimento. |
Solução Wireless
para redes de automação industrial, utilizando a tecnologia
de comunicação móvel GSM / GPRS |
Sérgio A. B. Muraro, gerente de Suporte
a Sistemas
Smar Equipamentos Industriais Ltda. |
Resumo
O aprimoramento de tecnologias voltadas à área de comunicação
móvel tem viabilizado inúmeras soluções
wireless de automação industrial que até então
esbarravam nas limitações técnicas ou nos altos
custos das tecnologias disponíveis. Diante deste panorama,
discutiremos sobre as tecnologias de comunicação móvel
e suas aplicações em automação industrial. |
O padrão OPC e o Desenvolvimento
de
Scadas de Código Fonte Aberto |
Gabriel Lenna do Nascimento
VAI-Ingdesi Automation Ltda. |
Resumo
A utilização do padrão OPC, em conjunto com as
ferramentas de programação da atualidade pode possibilitar
o desenvolvimento de aplicações para coleta de dados
em tempo real e a interface direta com dispositivos de campo. Para
diversos tipos de processos existem características e condições
de controle que devem ser analisadas durante o desenvolvimento de
uma aplicação SCADA. A maioria dos SCADAS tem grande
variabilidade de pacotes ou camadas de software com o objetivo de
atender a todas as necessidades operacionais de uma planta, porém,
o nome pacote pode significar limitação, pois em alguns
casos é difícil criar um software com todas as funcionalidades
que permitam atender inteiramente a todos estes requisitos. Um SCADA
aberto, ao contrário de um produto pré-definido ou um
pacote, pode ser uma solução moldada para atender aos
requisitos de uma planta específica, exatamente por não
estar limitado a um conjunto de funções pré-definidas.
Neste caso, o programador através de bibliotecas e componentes
cria o seu próprio pacote ou função conforme
as configurações de projeto e requisitos operacionais
da planta. A utilização do padrão OPC para comunicação
com dispositivos de campo, aliado às novas ferramentas para
o desenvolvimento de software permite a criação de soluções
para interface com equipamentos de chão de fábrica de
forma simples, aberta e barata. |
VCONE-Nova tecnologia para medição
de gás úmido* |
Heraldo Batinga
Engenheiro Mecânico, Hirsa Sistemas de Automação
*Trabalho apresentado no Congresso Rio Automação 2005 |
Resumo
A medição de gás úmido é um assunto
que vem tomando uma importância maior para a indústria
nos últimos anos. Este trabalho apresenta a tecnologia do elemento
deprimogênio Vcone para este tipo de aplicação
através de testes realizados em laboratórios de renome.
Os testes demonstram a performance superior do Vcone quando comparado
a outros elementos de mesma tecnologia. |
Plataformas Operacionais Abertas
para Sistemas SCADA |
Alexander Sanchez, Engenheiro de Aplicação
de
Sistemas da Yokogawa America do Sul |
Introdução
Com a crescente necessidade do mercado industrial em obter sistemas
de controle com capacidade de comunicação em redes abertas,
utilizando protocolos de comunicação padrões
de mercado e interfaces de operação amigáveis
e intuitivas tem motivado os fornecedores destas plataformas a oferecerem
produtos aderentes às tecnologias abertas. O mesmo acontece
no ambiente dos sistemas operacionais. Dos meados dos anos 80 para
cá, presenciamos uma nítida evolução da
plataforma dos sistemas supervisórios. Do sistema operacional
proprietário, passou-se ao UNIX ou VMS, chegando-se finalmente
ao MS-Windows.
A adoção pelo UNIX ou VMS esteve nitidamente associada
a alta disponibilidade dessas plataformas. A migração
para MS-Windows, por outro lado, foi iniciada pela redução
no custo das plataformas de hardware, pois utilizam PCs de mercado.
Adicionou-se a isso a abundância (e conseqüente redução
ainda maior dos custos) dos aplicativos desenvolvidos para MS-Windows.
Alguns destes aplicativos são as ferramentas para geração
de relatórios (excel, lótus, etc.), para captura e edição
de imagens e gráficos, bibliotecas gráficas para representação
dos dados do processo, e outros.
O mercado de uma forma geral inicia agora uma nova tendência.
A da adoção do Linux, como plataforma operacional. Provavelmente
um dos principais fatores para esta tendência é a redução
econômica associada à aquisição de equipamentos
que suportem essa plataforma, tais como os requisitos mínimos
de processamento e memória dos PCs. Além disso, há
a redução do valor das licenças dos aplicativos
executados sobre ela. Existe também o fato de atualmente se
conseguir suporte técnico para estas plataformas de forma mais
abundante e segura que no passado. |