Rlam: segunda maior refinaria da Petrobras
Unidade pioneira da indústria
de petróleo no Brasil
Engenheiro Agrônomo Landulpho Alves de Almeida (1893-1954)
Quem foi Landulpho Alves
Landulpho Alves de Almeida, engenheiro agrônomo,
nasceu em 1893, no município de Santo Antônio de Jesus / BA. Foi um
dos mais ardorosos defensores da nacionalização do petróleo e da criação
da Petrobras. Autor de livros, monografias e artigos sobre o petróleo,
Landulpho Alves faleceu no Rio de Janeiro, em 1954 - com 61 anos.
Landulpho foi nomeado Interventor Federal da Bahia no governo Getúlio
Vargas. Fundou o Arquivo Público, o instituto Normal e a Escoa de
Agronomia de Cruz das Almas. Também lançou o primeiro plano rodoviário
do estado e incentivou a lavoura e a pecuária. Eleito senador pela
Bahia, foi membro da Comissão de Agricultura e Economia. |
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A Refinaria Landulpho Alves chega
aos 50 anos com espirito jovial: tendo acompanhado as evoluções tecnológicas
e administrativas ao longo desse meio século, é hoje uma das mais modernas,
eficientes e produtivas, ocupando o segundo lugar no ranking do Sistema
Petrobras.
Há motivos de sobra para comemorar: a capacidade de processamento da Rlam
permite o refino de até 307 mil barris de petróleo e LGN por dia, produzindo
43 derivados destinados principalmente às regiões Norte e Nordeste do país.
Os números são impressionantes: são 80 mil válvulas, 1.230 bombas de processo,
190 turbinas a vapor, 66 compressores e 2,160 motores elétricos, num parque
industrial por onde circulam cerca de 6,5 mil pessoas diariamente.
A Rlam foi construída antes mesmo da criação da Petrobras, que herdou a
unidade do antigo Conselho Nacional do Petróleo. A construção data de 1949
e a entrada em operação da então chamada Refinaria Nacional do Petróleo
ocorreu em 17 de setembro de 1950. Em meio século de operação, a produção
passou de 2,5 mil para 307 mil barris de petróleo processados por dia.
As conquistas da refinaria são reflexo de grandes investimentos: US$ 1,5
bilhão em modernização foram aplicados nos últimos anos. Foram construídas
duas novas unidades, a U-32, de Destilação Atmosférica e a Vácuo - que dobrou
a produção da refinaria quando entrou em operação em 1997 - e a U-39, de
Craqueamento Catalítico Fluido para Resíduos de Vácuo e Gasóleo - que triplicará
a produção de gasolina quando entrar em operação, em 2001.
A mais antiga refinaria do Sistema Petrobras foi também a primeira totalmente
certificada nas normas ISO 9002, ISO 14001 e BS 8800, que atestam a excelência
em processos e produtos, gerenciamento ambiental e gestão em saúde e segurança.
História
O município de São Francisco do Conde, localizado às margens da Baia de
Todos os Santos, foi o local escolhido pelo governo federal para instalar
a primeira beneficiadora de petróleo estatal do país.
A segunda unidade pioneira da indústria de petróleo no Brasil - em idade
perde apenas para a Refinaria Ipiranga, construída pela iniciativa privada
na década de 30 - a Refinaria Landulpho Alves começou a ser construída em
1949, pela americana M. W. Kellog. A Refinaria Nacional do Petróleo, mais
conhecida como Refinaria de Mataripe, entrou em operação em 17 de setembro
de 1950, processando diariamente 400 m³ de petróleo, provenientes dos campos
do Recôncavo Baiano. Quatro anos depois, sua capacidade foi duplicada com
a instalação de uma unidade de Craqueamento Térmico.
O desenvolvimento dos campos baianos, no final dos anos 50, levou a uma
nova ampliação da capacidade de processamento, que passou para 42 mil barris
de petróleo por dia. Nessa época, entraram em operação as unidades de óleos
leves e a refinaria começou a produzir óleos lubrificantes e parafinas.
Em 1966 teve incorporada a Fábrica de Asfalto de Madre de Deus, possibilitando
a auto suficiência desse produto na região Nordeste. Com a criação de um
pólo petroquímico na Bahia, a partir de 1978 a Rlam ampliou a produção de
nafta. Nos anos 80, a capacidade da Refinaria ultrapassava a produção de
petróleo no Estado, por isso a necessidade de serem construídos os primeiros
dutos interligando a Rlam com o porto de Madre de Deus. Em 1984 a Rlam iniciou
a produção de querosene de aviação e mormalparafinas.
Em 1997 foi concluída a ampliação da Unidade de Destilação Atmosférica e
a Vácuo U-32, que elevou sua capacidade de refino de 120 mil para 307 mil
barris/dia, resultado de um investimento de US$ 530 milhões.
Em 50 anos, a Refinaria Landulpho Alves consolidou-se como uma das maiores
unidades petrolíferas em um mercado cada vez mais competitivo. Hoje a Refinaria
Landulpho Alves é a segunda do Sistema Petrobras em capacidade e complexidade,
podendo processar até 48,7 mil m³ por dia. São 43 produtos, entre os quais
se destacam a gasolina, diesel, GLP, nafta e lubrificantes. O faturamento
da Refinaria em 1999 atingiu a cifra de R$ 4 bilhões - a previsão para este
ano é faturar R$ 5,5 bilhões.
Nos últimos anos, o destaque também se refere à automação da empresa. Todas
as unidades foram reinstrumentalizadas e interligadas ao Sistema Digital
de Controle Distribuído - SDCD, por meio do Centro Integrado de Controle.
A meta é implantar o Controle Avançado em toda a refinaria até 2001, o que
irá possibilitar o controle automático das flutuações ocorridas durante
a produção e otimizar o processo. Utilizar foto da página 8 do folder.
Próximos 50 anos
A Rlam etá dando mais um passo rumo ao desenvolvimento integrado, investindo
cerca de US$ 630 milhões em novos projetos para se tornar cada vez mais
competitiva. O ponto de partida é a construção da Unidade de Craqueamento
Catalítico Fluido para Resíduos de Vácuo e Gasóleo U-39 - a maior unidade
deste tipo na América Latina - que transformará gasóleo e resíduos em derivados
de alto valor agregado. Só esse projeto consumiu US$ 460 milhões e, quando
entrar em operação, vai aumentar em 186% a produção de gasolina - que alcançará
a marca de 3,2 milhões de m³, 943 mil toneladas de GLP e 231 mil toneladas
de propeno por ano. Acompanhando a unidade, foi necessário implantar outras
unidades de utilidades. Em parceria com a ABB Energy Venture, a refinaria
também está investindo na construção da Termobahia, a primeira termelétrica
a gás natural do Estado. Resultado de um investimento de US$ 230 milhões,
a central terá capacidade de gerar 460 MW e 350 toneladas de vapor por hora,
destinados ao consumo da própria Refinaria. A partir de 2005, os planos
da Refinaria são adaptar parte de suas instalações produtivas para processar
o Marlim, um tipo de petróleo que requer investimentos em equipamento específico.
A unidade utilizará tecnologia desenvolvida pelo Programa de Tecnologia
de Refino do Cenpes - Proter. Atualmente esse tipo de petróleo - mais pesado
- só é processado nas refinarias de São Paulo e Parana, porque suas características
exigem unidades de coque e hidrotratamento diferentes. Com a substituição
da instrumentação, o SDCD passou a monitorar a área de processo em 1998.
31 unidades estão interligadas, mas ainda falta colocar na rede, unidades
de transferência e estocagem, que são automatizadas localmente. Agora, a
proposta é implantar o Controle Avançado, que vai otimizar a operação das
unidades. |