MATÉRIA DE CAPA – Edição 261 - Junho de 2004
Qual será o futuro do Pólo Petroquímico
de Triunfo?
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Como estará o pólo petroquímico de Triunfo / RS ao final da década? A questão já preocupa tanto os acionistas quanto os executivos e engenheiros das oito empresas ali presentes.

O aumento na concorrência e a restrição no fornecimento de matérias-primas petroquímicas tem deixado pouco espaço para crescimento.

Projetos não faltam: só para atender plenamente a capacidade instalada das sete empresas de segunda geração, a Copesul teria que ampliar em 175 mil toneladas anuais a produção de eteno.

Mas os únicos sinais de aumento no fornecimento de matéria-prima dizem respeito a uma ampliação na produção de propeno na Refap – que ainda estuda a disponibilidade de uma corrente de eteno e etano para a produção de estireno.

A Copesul até que poderia buscar na importação o suprimento extra de matéria-prima. Para isso, teria que fazer um debottleneck na planta 2. Mas a empresa não considera viável economicamente o investimento. “Não seria um grande aumento na capacidade, para um investimento elevado”, conta a executiva da Unidade Comercial da Copesul, Karim Hans.

A disponibilidade de gás de refinaria da Refap, a princípio, não atenderia ao déficit de todo o pólo, e mesmo a Copesul não teria atualmente capacidade para processar essa matéria-prima.
Mas a sua configuração confere ao pólo petroquímico de Triunfo uma certa vantagem em relação aos outros pólos petroquímicos nacionais – e até mesmo aos futuros empreendimentos, que não terão produção de aromáticos. “Há espaço para os crackers baseados tanto em nafta quanto em gás. E, em nafta, o mais competitivo dos pólos nacionais é o de Triunfo”, comenta Flávio Barbosa, superintendente da Innova.

O segredo talvez transpor aquela barreira do conflito de interesses e colocar numa mesma estratégia todos os projetos das empresas.

“O futuro desse pólo é pensar algo de forma integrada, em que os players possam participar conjuntamente”, avalia o diretor superintendente da Ipiranga Petroquímica, Paulo Roberto Magalhães.

”Temos que nos ver no pólo como sendo um pólo, e lutarmos pela sua sustentabilidade. Enquanto nos vermos como empresas independentes, não alcançaremos uma escala de competição internacional”, completa o superintendente da Petroquímica Triunfo, César Mansoldo.

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