A Shell confirmou sucesso no teste
de produção realizado no poço 1-SHELL-4-RJS, no bloco BS-4, localizado
a cerca de 200 km a sudoeste do Rio de Janeiro, na bacia de Santos. Esse
foi o terceiro poço perfurado pela Shell Brasil S.A. e seus sócios neste
bloco.
O poço foi perfurado em fevereiro deeste ano, registrando 68 m de intervalo
com óleo, em águas profundas, em formação terciária. O poço de extensão
3-SHELL-8-RJS foi perfurado em uma lâmina d'água de 1557 m e alcançou
o reservatório no início de novembro de 2001, encontrando 97 m de zona
produtora de óleo.
Os resultados até hoje confirmam que quantidade significativa de óleo
de grau API baixo está presente no reservatório. As reservas recuperáveis
foram estimadas em 300 a 500 milhões de barris, a serem confirmadas em
futuros estudos, avaliações e testes de produção. Está sendo realizado
um teste de produção de curta duração no poço 3-SHELL-8-RJS para confirmar
as características do óleo e das propriedades do reservatório. Os resultados
iniciais indicam um desempenho favorável do fluxo.
Os três poços da Shell Brasil S.A. e dos seus sócios no BS-4 foram perfurados
pela semi-submersível Stena Tay. O teste de produção de curta duração
no 3-SHELL-8-RJS é o primeiro teste num poço exploratório envolvendo uma
bomba elétrica submersível (ESP) colocada a grande profundidade e usando
uma unidade de perfuração de posicionamento dinâmico.
Para o vice-presidente da área de Exploração e Produção da Shell, Michiel
Kool, a Shell decidiu realizar uma campanha de exploração agressiva em
águas profundas no Brasil e tem participação em cinco descobertas recentes.
"Os resultados dessas avaliações representam um estímulo significativo
para todos nós. A produção de petróleo pesado em águas profundas apresenta
muitos desafios mas estamos confiantes de que, junto com nossos parceiros,
teremos a oportunidade de criar valor para todos os interessados".
A Shell é o operador do bloco e detém 40% do investimento com os sócios
Petrobras, com 40% e Texaco com 20%. O programa inicial de trabalho para
o bloco incluiu a aquisição de sísmica em 2-D e 3-D e a perfuração de
dois poços exploratórios. A concessão do BS-4 foi estendida por um período
de 2 anos a partir de 6 de agosto de 2001.
Além do bloco BS-4, a Shell opera nos blocos BC-10 e BM-C-10 na bacia
de Campos e participa dos blocos BC-2, BMC-14, BMS-8 e FZA-1 operados
por outras empresas . Uma outra subsidiária da Shell perfurou inúmeros
poços exploratórios no Brasil durante a década de 70 sob o contrato de
risco e descobriu o campo de gás de Merluza, na bacia de Santos. Esse
campo está atualmente em produção sob a administração operacional da Petrobras.
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