A Agência Nacional de Petróleo confirmou o acesso à British Gas ao gasoduto
Bolívia-Brasil - Gasbol. Mas a novela pode não ter acabado por aqui: a
Gaspetro, que controla a Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolivia-Brasil,
promete recorrer da decisão.
Segundo a TBG, não haverá capacidade disponível no duto para prestar o
serviço a partir do final desse ano.
Isso porque, quando onze usinas termelétricas entrarem em operação, haverá
aumento na venda de gás natural proveniente da Bolívia. Hoje o Gasbol
transporta 7,5 milhões de m³ de gás. E, somente as duas termelétricas
localizadas no Rio de Janeiro (Eletrobolt e El Paso) consumirão 6 milhões
de m³.
A TBG também critica a BG de querer utilizar o transporte pelo gasoduto
sem ter feito qualquer investimento.
Pela autorização, a BG vai poder transportar até 700 mil m³ de gás natural
por dia, até agosto de 2001. De setembro de 2001 a dezembro de 2002, a
empresa vai poder transportar outros 2,1 milhões de m³ por dia.
Em seu parecer, a ANP esclareceu que o Programa Prioritário de Termeletricidade
do Ministério das Minas e Energia e a demanda por energia elétrica no
País podem impossibilitar a continuidade do serviço de transporte firme
oferecido pela TBG para ano de 2003.
Pela decisão da ANP, a TBG deverá apresentar à BG o contrato para prestação
de serviço de transporte não-interruptível - que garante um volume diário
fixo - de gás natural da fronteira boliviana até São Paulo. A BG pretende
iniciar a importação de gás a partir do próximo mês.
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