Rio de Janeiro, 16 de abril de 2001

A Comissão de Sindicância formada pela Petrobras para apurar as causas do acidente com a plataforma P-36 pediu prazo adicional para a conclusão dos trabalhos. Segundo carta enviada pela Comissão e pela DNV à direção da Petrobras, "a complexidade dos trabalhos, aumentada pelo fato de a plataforma ter afundado a 1.360 metros, impossibilitando o exame físico da parte acidentada e a análise de documentos e registros de bordo que nela permaneceram", demandam um prazo maior do que o estipulado no dia em que a comissão foi formada. Pelo prazo estipulado anteriormente, no dia 20 de abril a Comissão deveria entregar o resultado sobre as investigações. Neste dia, no entanto, entregará à direção da companhia, um relatório de progresso das investigações, com a indicação das evidências que, até aquela data, apontem para os cenários e causas mais prováveis do acidente. No relatório, a Comissão promete indicar o prazo necessário para que possa concluir seus trabalhos.
A Comissão é integrada por representantes do corpo técnico/gerencial da Petrobras, do Grupo de Engenharia da COPPE/UFRJ, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Bacia de Campos e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. Paralelamente, a Petrobras contratou a empresa de certificação DNV para atuar como consultora independente nas investigações relativas ao acidente.
Segundo a DNV, em casos de acidentes de grandes proporções, o tempo necessário para que as companhias envolvidas concluam suas investigações internas varia de acordo com a complexidade e a disponibilidade.