Notícias online — Setembro de 2001

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2001


Congresso irá discutir aumento da exportação de produtos químicos

Mesmo figurando entre as 10 maiores do mundo, a indústria química brasileira precisa superar dois problemas: aumentar os investimentos e as exportações. Esses temas darão a tônica do VII Congresso Brasileiro de Petroquímica e II Congresso da Indústria Química no Mercosul, que acontece de hoje até a próxima quarta-feira, no Hotel Sofitel, no Rio de Janeiro.
Os diversos painéis que compõem o Congresso irão tratar de medidas necessárias para que a meta de quadruplicar as exportações e os investimentos químicos se torne viável. A discussão acontece num momento em que as previsões sobre o déficit da balança comercial de produtos químicos não são nada otimistas: o último estudo elaborado pela Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim previa um déficit superior a US$ 7 bilhões em 2001. "O momento exige um debate profundo em torno dessas questões", afirma Guilherme Duque Estrada de Moraes, vice-presidente executivo da Abiquim, que promove o evento junto com o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás - IBP.
Segundo o diretor, além do problema tributário, que não favorece a competitividade dos produtos brasileiros, outras variáveis agravam a situação do setor, que precisa aumentar sua rentabilidade para atrair investimentos e aumentar as exportações.
"É a rentabilidade que determina a atratividade e garante a existência de recursos próprios para novos projetos", avalia o assessor econômico da entidade, Arthur Candal. Pelos dados do assessor, a rentabilidade sobre vendas no país é de 0,56%, bem abaixo da rentabilidade de 4,8% apresentada nos Estados Unidos.
Além disso, um investimento na indústria química brasileira custa 30% a mais do que nos EUA. "Por isso que o capital estrangeiro vai para os setores bancário, de telecomunicação e energia", considera Candal.
Pela perspectiva traçada por Arthur Candal, a indústria química precisa aumentar as exportações para 12%. "Quando o presidente Fernando Henrique disse que a saída era exportar ou morrer, ele não sabia o quanto estava certo".
Segundo Duque Estrada, a indústria química mundial vem crescendo a uma taxa de 9% ao ano, muito superior à do comércio total de mercadorias. Isso vem acontecendo sistematicamente nos últimos 20 anos e, em 1998, o setor já respondia por 9,5% do comércio internacional. Com base nas estatísticas mundiais, estima-se que o Mercosul possa fazer crescer suas exportações semelhante à taxa de 12% alcançada nas quatro economias que tiveram alto crescimento a partir de 1980: China, Coréia do Sul, Taiwan e México. (FB)


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