Três dias após os atentados terroristas
contra os EUA, o mercado ainda se mostra reticente em relação ao futuro
da economia mundial. "Em primeiro lugar, é necessário descobrir a autoria
dos atentados. Se foram provocados por um grupo terrorista, é apenas uma
questão de segurança, mas se foram promovidos por um país, ou por um grupo
de países, poderemos ter uma guerra de proporções maiores", avalia José
Augusto Marques, presidente da Associação Brasileira de Infra-estrutura
e Indústrias de Base - Abdib.
Os preços do petróleo apresentaram instabilidade após os ataques da última
terça-feira. No mesmo dia, o contrato do petróleo tipo Brent, negociado
em Londres, chegou a US$ 31 - a maior cotação desde dezembro do ano passado.
"Em momentos de conflitos, a tendência é procurar reserva de valor. Há
um movimento para formar mais estoques, por isso que a primeira reação
ocorrida com o petróleo foi a elevação nos preços", explica o novo diretor
financeiro da Petrobras, João Nogueira Batista. Nos dias seguintes, o
valor do barril de petróleo retornou ontem ao patamar dos US$ 28. Segundo
Nogueira, o mercado está sem parâmatros durante esses dias, porque foi
afetado por fatores de força maior. De qualquer forma, o diretor descarta
o risco de desabastecimento ou paralisação nos investimentos "Se isso
evoluir para um conflito de proporções mundiais, vamos ter que tomar outros
tipos de revisões de metas, mas que não está no nosso cenário no momento,
pois a Petrobras tem uma situação financeira confortável para enfrentar
uma revisão". (FB)
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