O presidente da Petrobras, Henri
Philippe Reichstul, negou que a Marítima tenha qualquer responsabilidade
sobre esse acidente. “Questões comerciais não comprometem nossas exigências
pela qualidade”, disse Reichstul.
A P-36 foi construída em 1994, na Itália, como uma unidade de perfuração
e de produção. Seu nome original era Spirit of Columbus. A plataforma
foi comprada pela Mitsubishi e arrendado pela Petrobrás em 1997, com a
intermediação da Marítima.
Inicialmente, a P-36 seria levada para Marlim Sul, mas, com a descoberta
do campo gigante de Roncador, a Petrobrás decidiu modificar a plataforma
para utilizá-la nesse campo.
Por causa de problemas em várias plataformas, entre elas a P-36, a Petrobras
e a Marítima estão brigando na justiça.
A Petrobras alega que teve de desembolsar US$ 200 milhões a mais em equipamentos
em duas plataformas entregues pela Marítima (P-38 e P-40) e que houve
atraso de quase um ano na P-36.
Por outro lado, a Marítima quer receber US$ 2 bilhões, por ter sua imagem
atingida em razão dos problemas com a Petrobras e que com isso perdeu
contratos. A empresa contesta, também, o fato da Petrobras dizer que gastou
com equipamentos para equipar as plataformas.
Cartos Tadeu Fraga, diretor de E&P da Petrobras para a região Sudeste
afirmou que a Marítima não tem nenhuma responsabilidade pelo acidente.
Isso porque a Petrobras acompanhou todo o projeto de construção, com técnicos
presentes durante as obras, segundo o diretor.
Segundo Tadeu, o projeto foi aprovado pela Petrobras antes de ser entregue
pela Marítima, após a realização de uma auditoria para verificar as condições
da plataforma.
Auditoria sobre causas de acidente fica pronta em 30 dias
Cartos Tadeu Fraga, diretor de Exploração e Produção da Petrobras para
a região Sudeste, responsável pela Bacia de Campos, disse que a auditoria
que vai indicar as causas das explosões ocorridas na plataforma P-36 estará
pronta em trinta dias. O diretor descartou que possa ter ocorrido qualquer
erro no projeto da plataforma.
|