Rio de Janeiro, 19 de março de 2001

O gerente de Produção da Petrobras, Carlos Eduardo Bellot, disse há pouco que a situação da plataforma P-36 é a mais crítica desde a última quinta-feira, quando aconteceram as explosões. "A plataforma nunca esteve tão afundada e tão inclinada, mas não perdemos a esperança de recuperá-la".
Segundo Bellot, nas últimas seis horas, a P-36 afundou 41 cm e sua inclinação chegou a 27º. A Petrobras pretende retirar 2.700 toneladas de água e bombear ar comprimido e nitrogênio nos tanques.
O processo de esgotamento de água será feito mesmo que o mar não ofereça condições favoráveis. O tamanho médio das ondas neste momento chega a 1,5m, mas nos próximos três dias pode alcançar 1,7m.
A segunda etapa do trabalho seria rebocar a estrutura para uma região marítima menos turbulenta, onde seriam realizados os reparos na P-36. O seguro da plataforma permite gastos de até US$ 130 milhões na tentativa de recuperação da estrutura.
Se afundar, a P-36 irá mergulhar a 1.360 metros de profundidade, sem chances de ser içada.